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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Execução...

Observando algumas situações do cotidiano comum da maioria das pessoas que estou acostumado a tomar contato constante, e depois disso, investigando internamente passo a passo do funcionamento da minha mente, acabo por aprender uma série de detalhes interessantes no que concerne ao íntimo do ser humano. Perceba que digo “das pessoas que estou acostumado a tomar contato constante”, isto é, pessoas nas quais convivo e tenho certo tipo de intimidade.  
Já é madrugada, exata uma hora e meia de um novo dia, portanto, a minha capacidade de raciocínio não é das melhores a essa altura. Porém, estava bisbilhotando a vida dos outros pela famigerada internet, quando não mais que de repente me deparo com um conteúdo de teor um tanto quanto sádico hospedado em uma página pessoal qualquer. Assim que minha consciência tomou as primeiras providências cognitivas de simples apreensão do conteúdo postado, fiquei de tal forma estarrecido com a situação, que congelei de imediato. Um frio subiu pela minha espinha, dando passagem à um certo tipo de sentimento de nojo, tendo continuidade num “embrulhar de estômago” terrível.
Em meio à minha vontade de chorar, misturado com uma leve queimação no rosto provinda do sentimento repentino de raiva, a única pergunta que me vinha à cabeça era... Como? Como é possível? E depois de observar o conteúdo sádico por alguns segundos do tempo cronológico, essa simples pergunta se tornara algo como um mantra, me levando a uma projeção mental direta ao contexto do conteúdo, sentindo aquela bala atravessar a minha cabeça. Meu espanto foi maior ainda ao perceber que exatas 7.887 pessoas haviam compartilhado aquilo em suas próprias páginas pessoais.
O que me atormenta é a grande capacidade que o ser humano tem em ser atraído pelo destrutivo. E não é o destrutivo no sentido de “desfazer algo”, e sim no sentido de degradação do outro. Talvez a aparente e ilusória incapacidade de degradação própria – por mais que muito requerida – se torne um espelho para que, de forma constante, desfrutemos da degradação do outro. Essa degradação vai desde o boato criado maldosamente até a ação de se puxar um gatilho com um cano mirando o crânio de outra pessoa.
Cientistas da “psique” podem afirmar de forma redentorista que esse sadismo provém de lesões e boicotes que a pessoa sofrera no decorrer da vida e que de alguma forma esse revés agora deve ser descontado. Sinceramente, de minha parte, opinião nenhuma se tornaria sacra de vontade própria, já que não creio no conhecimento essencial do homem.  A lacuna que me atormenta nessa situação é a falta de alteridade.
Uma pessoa pendida para tais gostos não pode reconhecer o outro. Em função disso, várias outras lacunas surgem, tornando a série de características medíocres próprias – e exclusivas – do homem cada vez mais assentadas e enraizadas nos genes históricos desta raça destrutiva. Essas características vão se espalhando de forma fragmentada por todo o perfil do indivíduo, o tornando assim um escravo de si mesmo, se atribuindo o direito de a mimos diversos. Isto é, aquela pessoa dona da verdade incontestável, o centro do universo.
Existem pessoas que simplesmente precisam ver de perto a degradação... será que elas suportam?

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