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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Produzir, Consumir e Obedecer






Créditos do título: Kaléu


Quando olho para a igreja eu paro e penso: "Que merda". Tudo bem, eu concordo que a arquitetura gótica daquelas igrejácias – seria esse o aumentativo de igreja? - é aquela coisa linda, bem trabalhada, espaçosa, cultural, banal, anal, au...
Você em primeiro lugar precisa entender. Não, você precisa QUERER entender. Mas como querer entender uma coisa que eu não vejo? Vocês não sabem do que eu estou falando? Ah vá, sério? Nem desconfiam? Já sei, não tem como desconfiar de uma coisa que não existe, né?
Deus, não estou falando dele, em nenhum momento eu disse: Deus não existe. Têm coisas que existem menos que Deus, como por exemplo: Ex-corno, Ex-alcoólatra, Ex-viado... perceba como gosto do jogo de palavras.

O que estou querendo dizer é, não quero olhar para aquela igreja e me sentir culpado. Se fosse para definir igreja, eu definiria assim: “Veleiro, Floricultura e Recreação para a Terceira Idade: aqui nós prezamos a imbecilidade.”. Culpado, porque eu me sinto tão mal ao ver aquele Centro de Recreação para Idosos sendo taxado como a casa do NossoSenhorJesusCristoMariaJoséAmém, ao invés de ser utilizado como uma biblioteca por exemplo. Não to pedindo pra derrubar a igreja não, só to pedindo para mudar o tipo de recreação: Biblioteca, Centro de Estudos, Museu ou até uma Escola.
Sabe o que mais me fascina na igreja? É o poder e o controle dela. Aprenda a como fazer lavagem cerebral em uma pessoa, vá à missa no Domingo de manhã. Eu me sinto ofendido quando vejo uma missa, não é possível, será que eu sou tão burro assim? Será que EU sou burro? Senhoras e senhores, imagine vocês que eu, já fiz tanta merda nessa vida, que se o inferno existir eu já vou começar a chorar agora pra ver se o Capeta tem pena de minha pessoa.

Mudando um pouco o foco, mas continuando a falar de coisas que não existem, toda essa conversa me remeteu à uma coisa chamada “papel”. Mas têm gente que continua chamando “papel” de “dinheiro”. O que é dinheiro se não uma abstração do valor? E o que é o valor? O primeiro indício de valor na história foi com o escambo, e lá se faziam trocas de mercadorias de acordo com sua necessidade, porém, de igual “valor” com o parceiro. Tenho uma criação de galinhas, mas to com vontade de tomar leite, ou lá e troco algumas galinhas minhas por uma vaca do colega.

Mas percebe como tudo está distorcido hoje em dia. É tudo mentira, até essa porra que eu to escrevendo é mentira, se meu computador pifar eu vou perder tudo que eu escrevi, e por que? Porque gostamos da mentira, gostamos de nos enganar e nos deixar levar pelo Rebolation. Hoje em dia, continuamos com o esquema de escambo, mas os valores estão um pouco distorcidos.
Eu tenho uma criação de nada e uma plantação de merda nenhuma, mas quero ouvir música para me “divertir”. Para ouvir a música eu preciso de um aparelho de som antes, certo? Então eu preciso colocar o escambo em prática (hoje chamamos esse ato de COMPRAR). Vou na loja e peço ao indivíduo encarregado de cuidar das mercadorias: “E aí cara, eu quero um aparelho de som.”. Aí então vem a parte estranha. Em troca, eu não dou uma galinha, nem tampouco uma vaca, menos ainda um quilo de trigo, eu dou uma folha de papel rabiscada com as palavras “Quinhentos e Setenta e Cinco Reais e Noventa e Oito Centavos”, mas na verdade ali deveria estar escrito “Quinze Dias de Trabalho sem Contar o Extra sem Contar que Minhas Últimas Férias Foram à Duzentos e Trinta e Cinco Dias Atrás”.

Vivemos em um ciclo vicioso, onde a base e a diversão social é a Televisão e a Religião, e ambas pregam nossa escravidão na roda do Capitalismo. Durante a semana Acordamos, Trabalhamos e antes de dormir Assistimos TV. No fim de semana Rezamos. Eu percebo um desespero no ser humano, eu sinto cheiro de complexo de inferioridade. Precisamos mandar, mas na verdade obedecemos. Precisamos provar que sempre estamos certos, mas na verdade descobrimos que sempre estamos errados. Precisamos inflar o ego dizendo que criamos a cura para aquela doença, mas na verdade apenas descobrimos o que a mãe natureza já estava disponibilizando para todos. Gastamos tanto tempo da vida rezando e assistindo novela, que esquecemos que ali do lado, tem um ser vivo que usa você de exemplo e corre atrás do dinheiro enquanto é obrigado a morar de baixo da ponte. Mas nunca se esqueça, que aquele ser humano, mesmo usando você – imbecil- de exemplo, ele SEMPRE terá a verdade mais perto de si.

Aconselho a todos vocês lerem um livro, ouvirem uma música, desligar a TV, bater punheta e admitir que você é um ser humano, e que você PRECISA se divertir e precisa de muitas outras coisas que você tenta esconder. Eu quero que você vá até a sua janela e grite o mais alto que possa para todos ouvirem: “EU GOSTO DE QUEIMAR A ROSCA, E QUERO VIRAR PADRE PORQUE TENHO MEDO DE ADMITIR ISSOOOO!!!”

Após isso, a primeira corda que segura seu corpo de marionete estará rompida. Agora é só cortar as outras. Ou continue: Produzindo... Consumindo... Obedecendo....